Depois de me identificar e chorar, até perceber todas as diferenças em Carta ao Pai, tento por diversas vezes ler Metamorfose e preciso admitir. Não entendo muita coisa, talvez um dia eu consiga, torço por isso. Inclusive dentre os poucos livros que vieram comigo, está ele. O que não veio comigo e nem era esperado, foi O Processo caindo sobre meu colo.
Mais uma vez me deixei levar por Kafka, sua humanidade-não-humanidade, sua racionalidade, sua força e senso de observação, ou apenas sensibilidade e pesar. A questão é que me perdendo e me achando e às vezes até me enrolando, me deixei levar por Josef K. Um homem que acorda certa manhã, e, sem motivo conhecido é preso e sujeito a longo e incompreensível processo. O melhor e mais desesperador é que o crime não é revelado.
Preciso dizer aos que agora começam essa empreitada, não se enganem com a inocência, ela pode ser real mesmo quando irreal. Não posso dizer muito além, apenas que vez por outra sem crimes, bandidos, inquisidores e execuções um Processo pode até ser bem vindo.
E me deixa a dúvida: A incapacidade de confessar a culpa, a minimiza? E a escrita? E quem foi Kafka? Que mesmo hoje consegue ser ainda tão atual. Sua humana não-humanidade levanta questionamentos sobre costumes e crenças arbitrários da vida, que podem parecer, sob certo aspecto, tão bizarros quanto os acontecimentos da vida de K.
Sempre vale muito a pena encarar Franz Kafka.
Muito grata Denilson pelo ótima leitura! Tem ajudado nos meus!hihihihi
Aham! Sabia que este livro ia te dar um "nô" mineiro rsrs
ResponderExcluirE pelo menos vc foi mais guerreira... Foi até o fim...
Eu não tive a mesma coragem :(