quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O Processo

Depois de me identificar e chorar, até perceber todas as diferenças em Carta ao Pai, tento por diversas vezes ler Metamorfose e preciso admitir. Não entendo muita coisa, talvez um dia eu consiga, torço por isso. Inclusive dentre os poucos livros que vieram comigo, está ele. O que não veio comigo e nem era esperado, foi O Processo caindo sobre meu colo.

Mais uma vez me deixei levar por Kafka, sua humanidade-não-humanidade, sua racionalidade, sua força e senso de observação, ou apenas sensibilidade e pesar. A questão é que me perdendo e me achando e às vezes até me enrolando, me deixei levar por Josef K. Um homem que acorda certa manhã, e, sem motivo conhecido é preso e sujeito a longo e incompreensível processo. O melhor e mais desesperador é que o crime não é revelado.

Preciso dizer aos que agora começam essa empreitada, não se enganem com a inocência, ela pode ser real mesmo quando irreal. Não posso dizer muito além, apenas que vez por outra sem crimes, bandidos, inquisidores e execuções um Processo pode até ser bem vindo.

E me deixa a dúvida: A incapacidade de confessar a culpa, a minimiza? E a escrita? E quem foi Kafka? Que mesmo hoje consegue ser ainda tão atual. Sua humana não-humanidade levanta questionamentos sobre costumes e crenças arbitrários da vida, que podem parecer, sob certo aspecto, tão bizarros quanto os acontecimentos da vida de K.

Sempre vale muito a pena encarar Franz Kafka.

 

Muito grata Denilson pelo ótima leitura! Tem ajudado nos meus!hihihihi

Um comentário:

  1. Aham! Sabia que este livro ia te dar um "nô" mineiro rsrs

    E pelo menos vc foi mais guerreira... Foi até o fim...

    Eu não tive a mesma coragem :(

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