quinta-feira, 27 de outubro de 2011

En Familie

Quarta feira é um dia para filmes, isso começou já à algum tempo e assim sigo assistindo um filme todas as quartas, o selecionado de hoje foi En Familie. Um dos filmes mais fortes e silenciosos que já vi. Lembrei-me de Sudoeste e mesmo, não tendo nada a ver um com o outro, a lembrança veio da percepção do corpo, da emoção que por vezes dispensa textos banais. Filmes como esses me levam a quase crer que uma imagem fala mais que mil palavras.
Em “En Familie” fui levada ao choro por diversas vezes, conduzida pela força cênica. Não são muitos atores, mas certamente muitas histórias. Claro que já assisti alguns filmes europeus, mas nenhum tão... Como definir? As pausas, os silêncios, os equívocos, a rapidez que contradiz a ponderação. O falar baixo e o sonho de ir para Nova York. Todos querem.
Decisões fortes e importantes tomadas pelo impulso do momento e a certeza de que nada volta ao ponto anterior. O feito não tem volta, é dali pra frente. “A Família” está hoje entre meus filmes preferidos, por falar e mostrar vida e as nuances que existem no viver.
Não é tarefa fácil falar sobre amor, aborto, separação, família, casamento, cura, câncer, morte, fim, sonhos, profissões, abdicações, omissões, arte, dedicação... São tantos temas, vidas, a infância e adolescência, a maturidade e a tradição. Tudo tão calmo. Quis ser mais calma e ponderada.
Ditta é uma artista que recebe uma proposta tentadora para morar em New York, ao mesmo tempo descobre-se grávida e seu querido e tradicional pai, descobre um câncer. Nesse entremeio as decisões são tomadas, sem muito controle.
Como o filme não e mega comercial, e eu, vez por outra pago de broca do cyber espaço, não encontrei informação básica como nome do atores, direção... Se alguém souber, me diz, por favor.
Filme pra ajudar a enxergar a vida por outro prisma.

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