domingo, 30 de janeiro de 2011

um ciclo se fechou

De repente vejo teus rastros em todos os lugares.

O vento sopra forte e derruba a pilha de lembranças.

Meu riso contigo já não existe.

Mas ainda há algo em mim.

O definitivo é cruel.

Será que ainda lembro tudo que aprendi contigo?

Será que ouvi tudo que quis me dizer?

Será que tenho em mim traços deixados por ti?

Lembro do seu sorriso e da força dos seus “s” que viravam “x”.

Do aperto de mão e a expressão de quem muito sabia.

Teimoso como você, só eu.

Teimou até pra partir, segurou firme enquanto pôde.

Sei que Nem vale nada sofrer tanto assim

Apenas fortes para o teu descanso merecido.

Fortes um guerreiro corajoso e forte.

Fortes?!

És!

Serás sempre João Alfredo!

Meu tio que me ensinou a discutir, argumentar, polemizar. Melhor professor eu não poderia ter tido, pena não ter sido humilde para falar isso com todas as letras, mas no fundo acredito que ele sempre soube. O que vem depois dessa porta atravessada, eu não sei, mas certamente é bom.

Hoje mais um ciclo se fechou.

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