De repente vejo teus rastros em todos os lugares.
O vento sopra forte e derruba a pilha de lembranças.
Meu riso contigo já não existe.
Mas ainda há algo em mim.
O definitivo é cruel.
Será que ainda lembro tudo que aprendi contigo?
Será que ouvi tudo que quis me dizer?
Será que tenho em mim traços deixados por ti?
Lembro do seu sorriso e da força dos seus “s” que viravam “x”.
Do aperto de mão e a expressão de quem muito sabia.
Teimoso como você, só eu.
Teimou até pra partir, segurou firme enquanto pôde.
Sei que Nem vale nada sofrer tanto assim
Apenas fortes para o teu descanso merecido.
Fortes um guerreiro corajoso e forte.
Fortes?!
És!
Serás sempre João Alfredo!
Meu tio que me ensinou a discutir, argumentar, polemizar. Melhor professor eu não poderia ter tido, pena não ter sido humilde para falar isso com todas as letras, mas no fundo acredito que ele sempre soube. O que vem depois dessa porta atravessada, eu não sei, mas certamente é bom.
Hoje mais um ciclo se fechou.
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